Restam-me mudas palavras em notas sem dó
Que ressoam ao som de sua canção.
Falar e escancarar;
Que a boca beije em silêncio.
Abrir aos anseios;
Que a pele sinta sua mão.
Liberar os desejos
Esquecidos pelo mundo,
Esquecidos de mim.
Banhar sob a chuva que cai
Entrelaçar no aconchego do teu colo.
Deslizar em gotas de sedução,
Ser pele, ser forte
Ser Deusa, ser Mulher.
Esperei por ti em mim,
Esperei amar enfim.
Livre das janelas onde me prendo
Ouço gemidos de aventuras
Roubo olhares,
Devoro sua carne em mim,
Devoro o prazer sem fim.
Não vejo mais o espaço... Ultrapasso.
Limites se fundem em vôos de gaivotas,
Pairo em suas asas e no vaivém do ser e do não ser
Agasalho você que chega,
Permito o que você deseja.
Embriago-me estonteante pelas esquinas
Onde fugi sem mim,
Onde esqueci de mim.
Adélia Carvalho dos Reis
02 de março de 2012
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